Tenho tudo o que necessito: um editor, um compilador e posso executar o meu próprio programa C++. Mas não é assim tão fácil. Que acontece se tiver mais de um ficheiro de código? E, tem de compilar todos os ficheiros de código vezes e vezes sem conta se apenas tiver alterado um ficheiro? Compilar tornar-se-á mais e mais complicado e moroso, porque tem de escrever todos os comandos e opções você próprio. Por isso, poderia escrever o que se chama uma "Makefile". Também lhe pode chamar qualquer outro nome excepto no nome do programa a construir. Depois, deverá ter a ferramenta make ou gmake instalada, ou qualquer outra ferramenta que seja capaz de manter registo da compilação de um projecto. Insira todos os comandos de compilação numa certa sintaxe nessa Makefile e grave-a; depois apenas terá de escrever make ou gmake na consola no directório onde a Makefile se encontra, e o make tomará conta da situação, levando o compilador a criar a sua aplicação. O utilitário make tem muitas outras vantagens e pode ser utilizado para bastantes fins. Para obter uma visão geral e total, abra uma consola e escreva:
man make
ou procure "GNU Make" no KDEHelp, "Sistema GNU Info conteúdos". Pelo menos, tem uma ideia, porque um programador necessita do utilitário make para tornar mais fácil compilar a sua aplicação. Agora, escrever Makefiles não é apenas trabalho manual até agora, também tem de pesquisar por si toda a sintaxe e opções. Mas aqui estão as boas notícias sobre o KDevelop e qualquer utilitário Make: Apenas tem de definir o comando Make no diálogo de Configuração do KDevelop e está tudo pronto. Todos os projectos gerados com o KDevelop irão utilizar aquele comando Make para construir a aplicação alvo, e nada de escrever mais. Apenas prima o botão na barra de ferramentas do KDevelop, a começar com o primeiro após a segunda linha separadora, ou escolha a função desejada para o Make no menu "Construir".
A barra de ferramentas e o menu construir então oferecem as funções mais comuns de que necessita para deixar o make fazer o trabalho sujo:
Compilar Ficheiro: apenas está activo se você estiver a trabalhar num ficheiro de código. Invoca o make com o comando correcto para compilar apenas o ficheiro de código actual.
Make: apenas chama o make e cria o seu alvo.
Reconstruir tudo: reconstroi todo o projecto
Limpar/Reconstruir tudo: limpa primeiro o directório do projecto e depois corre novamente o make.
Parar Construção: cancela o processo actual- isto é principalmente utilizado se vir o make a trabalhar e a emperrar no seu código fonte. Então- ahh- Eu esqueci-me desta linha...e você tem de corrigir o seu código. Basta premir Parar, corrigir o erro que descobriu por si só e correr o Make de novo.
Mas esta não é a única forma como o KDevelop funciona em conjunto com o make- para aplicações KDE , existem algumas coisas que são especiais, tal como criar ficheiros de mensagens para internacionalização. Estas funções estão também incluidas, pelo que não tem de se preocupar mais com estas coisas.
Até agora, você sabe sobre código fonte, o compilador e porque o make é necessário. Na próxima secção, iremos discutir como é que projectos criados com o KDevelop automaticamanre podem ser compilados em quase todas as outras plataformas Unix utilizando o script (ficheiro de código) configure.